Educação para a Vida

Elissa Fichtler • abr. 03, 2024

Título Novo

Técnico da seleção brasileira de futebol, só faz declaração sobre os casos de violência contra as mulheres após ser pressionado... E erra.


Os números de violência contra mulheres no Brasil são alarmantes, com mais de 800 mil estupros registrados apenas no último ano. É importante destacar que as estatísticas comprovam que somente 4% dessas denúncias são falsas, e ainda assim, persistem dúvidas sobre a culpabilidade de um jogador condenado.


Apesar dos avanços legais e internacionais em defesa dos direitos das mulheres, enfrentamos um desafio monumental na mudança cultural e social. Valores arraigados continuam a perpetuar a desigualdade de gênero, resultando em discriminação e violência persistentes, apesar dos progressos legais.


Nesse contexto, a educação surge como uma ferramenta importante para a valorização da diversidade.

É essencial cultivar nas crianças e adolescentes a promoção dos direitos humanos e o respeito pela vida desde cedo. 


Já que a cultura da nossa sociedade exerce grande influência no desenvolvimento das crianças e adolescentes, resolvemos trazer algumas dicas importantes para os responsáveis. São elas:


  • Diálogo aberto e honesto: iniciar conversas abertas com suas filhas e filhos sobre o tema, explicando o que é a violência contra as mulheres, por que é errado e como afeta as vítimas e a sociedade na totalidade.
  • Modelagem de comportamento: fortalecimento familiar para que os responsáveis possam demonstrar, através de suas próprias ações e palavras, respeito e igualdade de gênero em seus relacionamentos e interações diárias.
  • Educação sobre consentimento: é importante ensinar desde cedo sobre a importância do consentimento em todas as interações pessoais, incluindo relacionamentos românticos.
  • Desconstrução de estereótipos: responsáveis podem desafiar estereótipos de gênero prejudiciais e ensinar seus filhos e filhas sobre a importância de tratar todos com igualdade e respeito, independentemente do gênero.
  • Masculinidades: incentivar os meninos para que também possam falar sobre sentimentos e emoções, desenvolvendo sensibilidade em relação a si e ao outro.
  • Futebol: incentivar os meninos à prática do esporte, conectado com suas identidades territoriais e desenvolvendo o pensamento crítico sobre a cultura da ostentação, que acaba sendo espelhada nesse comportamento de que nada lhes pode ser negado, inclusive os corpos femininos.
  • Resolução de conflitos: ensine habilidades para resolver conflitos de maneira pacífica e não violenta, destacando a importância da comunicação aberta, do respeito mútuo e da empatia.
  • Monitoramento: esteja atenta(o) às mensagens sobre gênero e violência presentes na mídia, nos jogos e na cultura popular, e discuta criticamente essas representações com seus filhos e filhas.


Essas estratégias ajudam a criar uma compreensão sólida e um compromisso com a igualdade de gênero e o combate à violência contra as mulheres.


Na Acorde, estamos comprometidos com a valorização das mulheres, da cultura afro-brasileira e da indígena e, apesar dos desafios diários, vamos continuar trabalhando com as crianças, adolescentes, jovens - e suas famílias - para criar um ambiente onde a aprendizagem seja um movimento contínuo de autodescoberta e realização pessoal, com base no respeito e na valorização de todas e todos.


Contamos com o apoio de vocês nessa jornada!


Para saber mais:

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O Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça certifica as empresas que tem compromisso com a igualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho e com a promoção da cidadania.

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ONU lança o Currículo de Gênero e 6 planos de aula para professoras e professores do ensino médio com a campanha “O Valente não é Violento”. Baixe o material aqui.

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A série “Trabalhando com Homens Jovens” do Núcleo de Gênero e Masculinidades da Universidade Federal de Pernambuco, é composta por manuais que orientam o trabalho de educadoras e educadores para sensibilização de homens jovens para o questionamento de normas sociais tradicionais de gênero


Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Colaboração: Dafner Vida


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18 abr., 2024
Texto escrito por Dafner Vida, Coordenadora dos Programas Socioeducacionais da Acorde
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